Os três primeiros pregões, na quinta-feira, serão destinados a agricultores familiares, totalizando 4.754 contratos de 27 toneladas cada
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza nas próximas quinta-feira, 5, e sexta-feira, 6, leilões para aquisição de arroz por meio de Contrato de Opção de Venda Público. A empresa estatal dispõe de cerca de R$ 1 bilhão para compra de até 500 mil toneladas de arroz longo fino em casca, tipos 1 e 2 da safra 2024/25.
Os três primeiros pregões, na quinta-feira, serão destinados a agricultores familiares, totalizando 4.754 contratos de 27 toneladas cada. Na sexta-feira, ocorrem outros três remates, com ampla concorrência, ou seja, com a possibilidade de participação de todos os produtores e cooperativas de arroz. Serão 18.518 contratos de 27 toneladas cada.
As datas de vencimento dos contratos são diferenciadas entre as unidades da federação. Para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o vencimento será em 30 de agosto de 2025. Contratos de Paraná e Minas Gerais têm vencimento em julho do próximo ano. Para Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins, os contratos vencem em 30 de outubro de 2025. Os valores de venda estão estabelecidos de acordo com os prazos de cada vencimento.
Valor baixo
No caso do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a companhia definiu, em outubro, o valor de R$ 87,62 por saca, considerado insuficiente pelos produtores gaúchos. De acordo com indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea Esalq/USP) em colaboração com Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a cotação da saca, na última quarta-feira, 28, era de R$ 103,66.
Na avaliação da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz) e do Sindicato da Indústria do Arroz no Estado (Sindarroz), o preço oferecido pelo governo federal encontra-se abaixo do custo de produção, de cerca de R$ 90. Com isso, a participação de agropecuaristas do Estado nos leilões deverá limitada, ou mesmo nula, na previsão das entidades. O Rio Grande do Sul responde por 70% da oferta nacional do cereal.
O Contrato de Opção de Venda é uma modalidade de seguro de preços que dá ao produtor rural ou à sua cooperativa o direito, mas não a obrigação, de vender produtos para a União, em uma data futura, a um preço previamente fixado. De acordo com a Conab, o procedimento foi adotado para reconstituir estoques públicos.
Por Correio do Povo Foto: PixabayPublicado em 01/12/2024