Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), doença corresponde a cerca de 30% de todos os tumores no país
Neste mês, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) convida toda a população a se conscientizar, por meio da campanha “Dezembro Laranja”, sobre o câncer de pele. O objetivo é reforçar a importância de prevenir, detectar e tratar este tipo de tumor de forma precoce. Dezembro e a cor laranja foram escolhidos em razão do início do verão, que aumenta a exposição solar, um dos principais fatores de risco para a doença.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele corresponde a cerca de 30% de todos os tumores no país. Entre os tipos existentes de câncer de pele, o carcinoma basocelular é o mais comum, com cerca de 70% dos casos, sendo o de menor mortalidade. O carcinoma espinocelular é o segundo mais comum, com cerca de 25% dos casos. Já o melanoma é o menos comum, sendo responsável por cerca de 5% dos casos de tumores cutâneos, porém é considerado o tipo mais grave, já que pode provocar metástases, ou seja, se espalhar para outros órgãos.
A médica dermatologista e integrante do Corpo Clínico do Hospital São Vicente de Paulo, Dra. Juliana Mazzoleni Stramari, explica que o câncer pode surgir em qualquer lugar do corpo, em forma de pintas, manchas ou feridas. “Os sinais são muito mais comuns em áreas expostas ao sol, como rosto, orelhas, braços e ombros, mas também podem surgir em áreas escondidas, como mucosas, olho, couro cabeludo e região genital”, detalha.
Ainda conforme ela, prestar atenção ao tipo e formato das feridas que surgirem é fundamental para a detecção precoce da doença. “Por exemplo, feridas que não cicatrizam, lesões avermelhadas com crostas que sangram facilmente, e pintas que tenham mais de uma cor, formato irregular e que aumentam de tamanho são sinais que não devem ser ignorados”, complementa a especialista.
Vários são os fatores que aumentam o risco de desenvolver a doença, mas o principal é a exposição solar. “Pessoas com pele e olhos claros, histórico familiar de câncer de pele, ou pessoas que tenham um alto número de pintas pelo corpo têm um risco maior de desenvolver a doença, mas a exposição solar excessiva continua sendo a causa principal. Além disso, o câncer pode acometer qualquer idade, mas é mais comum em pessoas com mais de 40 anos”, reforça a Dra. Juliana.
Foto: Liliane Ferenci - Comunicação HSVP
Assim que identificada a lesão, o principal tratamento é a remoção cirúrgica. “Após a cirurgia, a lesão será analisada por um patologista, mas somente após a biópsia é que será possível determinar se serão necessários outros tratamentos, que podem incluir radioterapia, quimioterapia, terapia alvo ou imunoterapia”, complementa a médica.
A maior recomendação para prevenção do câncer de pele é a utilização diária de protetor solar e evitar, se possível, períodos longos de exposição ao sol. “É fundamental falarmos sobre a doença, principalmente neste mês de conscientização. São cuidados diários que devem ser adotados para prevenir o câncer, como o uso de protetor solar, reaplicando pelo menos três vezes ao dia, além de realizar consultas de rotina com o seu médico”, conclui a especialista.
Por Ascom HSVP Passo FundoPublicado em 16/12/2024