A Justiça concedeu uma liminar determinando a retirada do corpo de uma criança de 9 anos do velório, na terça-feira, 9 de outubro, para a realização de autópsia pela Polícia Científica.

A decisão foi tomada após os advogados da família, Eduardo Eloi Antes, João Vitor Rusky e Renan Bittencourt de Oliveira, entrarem com um pedido cautelar junto à Justiça. A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso, com base em possíveis sinais de negligência médica.

Segundo informações dos advogados, a mãe da criança a levou pela primeira vez ao posto de saúde do bairro Santa Tereza, em Joaçaba, no dia 3 de outubro, uma quinta-feira, após o menino apresentar sintomas de pneumonia.

Conforme o relato da família, o atendimento foi realizado por uma enfermeira, pois não havia médico naquela oportunidade no posto de saúde. A enfermeira então foi quem teria diagnosticado a condição como um quadro gripal e prescrito medicamentos para criança tomar em casa.

Durante o final de semana, a criança não apresentou melhoras, com dores no peito e piora do estado geral. Na segunda-feira, 07, a mãe a levou novamente ao posto de saúde, onde foi atendida por um médico, que teria, segundo os advogados, diagnosticado os sintomas e assegurado que não havia risco grave.

A criança foi liberada para casa.

Na terça-feira, 08, pela manhã, o quadro piorou, e a criança começou a cuspir sangue. Foi então levada às pressas ao plantão do Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST), onde chegou por volta das 7h da manhã e passou pelos atendimentos de urgência.

Inicialmente, foi classificada como caso de risco amarelo e, segundo o relato da família, teria demorado cerca de quatro horas para que a gravidade de seu estado fosse reconhecida. Após uma tomografia, a criança foi entubada, mas não resistiu e faleceu por volta das 14h30.

Polícia Civil

O caso está sob investigação da Polícia Civil de Joaçaba, com acompanhamento do Ministério Público, que determinou a abertura de um inquérito policial para apurar as circunstâncias da morte. Segundo os advogados, a retirada do corpo para autópsia no meio do velório é uma medida rara, mas foi necessária para esclarecer os fatos e avaliar se houve ou não falha no atendimento médico. (Informações site Éder Luiz)


Alex Pacheco

em 18/10/2024