Redução é a 2ª desde o fim da paridade internacional
ADRIANO MACHADO/REUTERS-07/03/2022
Decisão que passa a valer nesta sexta-feira deve reduzir preço médio do litro do combustível para R$ 5,33 nos postos, estima a estatal
A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (15) a redução de R$ 0,13 por litro o seu preço médio de venda de gasolina A, que passará a ser de R$ 2,66 por litro nas refinarias a partir de amanhã (16).
O anuncio corresponde à segunda redução no preço da gasolina desde a adoção de uma nova estratégia comercial para a variação do diesel e da gasolina. Com a decisão, a companhia abandona a política de paridade internacional como base principal para os reajustes, que estava em vigor desde 2016.
Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 1,94 a cada litro vendido aos motoristas.
No comunicado, a Petrobras também avalia que o preço médio da gasolina pago pelo consumidor final poderia atingir o valor de R$ 5,33 por litro. O cálculo é feito com referência nos dados mais recentes da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil).
De acordo com a estatal, a redução do preço da gasolina tem como objetivos principais a "manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional".
"Ciente da importância de seus produtos para a sociedade brasileira, a companhia destaca que na formação de seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente", ressalta a Petrobras.
Na semana passada, a coleta do órgão regulador mostrou um aumento de 4,03% no valor do litro de gasolina nos postos brasileiros, de R$ 5,21 para R$ 5,42. A primeira elevação após quatro semanas seguidas de queda pode se justificada pelo impacto da alíquota única de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o combustível, que entrou em vigor no dia 1º de junho.