(Foto: Carlos Costa/CMC)
Sob ameaças de que, se contasse sobre os abusos para a mãe ou para outra pessoa, elas não teriam onde morar; a mãe e a menina moravam no mesmo terreno.
Um idoso foi condenado a 20 anos de prisão, em regime fechado, por estuprar a neta em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Os abusos ocorreram em 2020 e 2021. Na época, o criminoso tinha 73 anos, e a vítima, 11.
A sentença foi proferida na segunda-feira (5) pelo juiz Jaime Freitas da Silva, da 4ª Vara Criminal de Canoas. A mãe da menina, filha do acusado, morava com ela no mesmo terreno do estuprador.
(Foto: Carlos Costa/CMC)
Segundo o magistrado, as provas apontaram que o réu aproveitava-se das ocasiões em que ficava sozinho com a neta e “praticava atos libidinosos diversos da conjunção carnal, acariciando as pernas da menina”. Sob ameaças de que, se contasse sobre os abusos para a mãe ou para outra pessoa, elas não teriam onde morar, o avô manteve relações sexuais com a vítima.
O réu ainda pedia que a neta enviasse fotos e vídeos sem roupa para ele. Foi por meio de um desses vídeos que a mãe descobriu o crime. No celular da filha, ela encontrou um vídeo da menina nua. Ao questioná-la sobre as imagens, a vítima revelou os abusos sexuais praticados pelo avô, que, ao ser confrontado, teria admitido os crimes.
Na fase de instrução do processo, a mãe e a vítima, ouvida pelo sistema de depoimento especial, confirmaram os fatos. Durante o interrogatório, o acusado optou por permanecer em silêncio.
O laudo psicológico elaborado pelo Departamento Médico-Legal apontou “situações compatíveis com a hipótese de violência sexual” praticada pelo avô, além de sinais de sofrimento psíquico da vítima. O processo tramita em segredo de justiça. Cabe recurso da decisão.