Luxemburgo e Mano Menezes sabem que, após o domingo, podem perder o emprego

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Uma dança das cadeiras pode acontecer depois da rodada do Brasileiro, no domingo. Com Luxemburgo e Mano perdendo seus empregos. Eles sabem: estão muito ameaçados. E Ceni pode voltar ao trabalho. No Inter

A tensão domina o Corinthians.

Os cinco jogos de Luxemburgo sem vitória.

A falta de perspectiva de reação nos dificílimos confrontos contra o Flamengo, no Maracanã, no domingo (21), pelo Brasileiro, e, principalmente, diante do Argentinos Juniors, em Buenos Aires, pela Libertadores.

O aproveitamento em cinco partidas é assustador. Apenas 13% positivo. Com três derrotas e dois empates.

Ele havia pedido dez jogos de "compreensão e apoio" das organizadas corintianas. Mas elas já perderam a paciência.

A perspectiva de eliminação da Libertadores e da Copa do Brasil, depois da derrota por 2 a 0 para o Atlético Mineiro, e o clube mergulhado na zona do rebaixamento no Brasileiro pesam.

Foi uma situação assim, ruim, com o time em crise, encaminhando-se para o rebaixamento, que foi cúmplice da vitória do grupo que domina o Corinthians desde 2007, comandado por Andrés Sanchez.

Os fracassos com Duilio Monteiro Alves estão pesando demais.

E atrapalhando muito os planos para o grupo ganhar mais uma eleição, que acontecerá no fim do ano. O candidato da oposição, Augusto Melo, consegue mais apoio a cada fracasso do time.

O Paulista já foi desperdiçado com Fernando Lázaro, que não levou o time sequer para as semifinais, eliminado nas quartas pelo Ituano, em Itaquera. Cuca ficou duas partidas e foi embora, por conta do estupro coletivo pelo qual foi condenado.

Duilio avisou a Luxemburgo que a equipe precisa reagir imediatamente.

Ele precisa de fôlego para esperar até julho. Na abertura da janela, Duilio vai investir e buscar jogadores para evitar que o Corinthians seja rebaixado.

Mas não há a certeza de que Luxemburgo continue no cargo.

Aos 71 anos, seus métodos estão sendo muito questionados. As trocas, com pouquíssimo treinamento, as apostas a cada partida, a falta de coerência.

E, principalmente, a falta de coragem.

O Corinthians jogou como equipe pequena diante do São Paulo e do Atlético Mineiro. Em Minas, foi indecente, com os atletas presos em duas linhas, na intermediária. Até tomar os dois gols.

Nos bastidores, conselheiros avisam que o maior obstáculo para Mano Menezes voltar ao Corinthians foi embora. O ex-presidente Roberto de Andrade perdeu o cargo de diretor de futebol, pela pressão das organizadas. O caminho para o retorno de Mano está aberto.

Porque já há arrependimento das pessoas que cercam Duilio pela aposta em Luxemburgo.

Mano tem uma relação de altos e baixos com Andrés Sanchez, mentor do atual presidente. Mas a situação corintiana é caótica.

Do lado de Menezes, seu futuro também está pendente. O ônibus do Internacional foi recebido a pedradas pela própria torcida colorada depois da derrota para o América Mineiro na Copa do Brasil.

O clube perdeu o Gaúcho e não conseguiu sequer decidir o título com o rival Grêmio.

Na Libertadores, está em segundo lugar no seu grupo.

No Brasileiro, ocupa apenas a 12ª colocação.

Na Copa do Brasil, terá de vencer o América Mineiro por dois gols de diferença para se classificar às quartas.

Mas no domingo haverá o Grenal no estádio do Grêmio.

Uma nova derrota pode provocar a demissão de Mano.

O sonho de parte da direção do Inter tem nome e sobrenome.

Rogério Ceni.

Apesar de maior ídolo da história do São Paulo, Rogério Ceni nunca escondeu que, na infância, era torcedor do Internacional.

Há um carinho todo especial por Ceni em Porto Alegre.

Hoje, ele seria o candidato natural à vaga de Mano.

O clima é de tensão tanto no Corinthians como no Internacional.

Mudanças radicais podem acontecer depois desta rodada do Brasileiro.

Luxemburgo e Mano Menezes estão perto da demissão.

E eles sabem disso...


  • COSME RÍMOLI Do R7