Foto: Lucas Figueiredo / CBF / Divulgação CP
Jogador Natan do Grêmio e Maurício do Inter são citados em conversas de investigados por manipulação de jogos
A Justiça de Goiás acatou, na tarde desta terça-feira, a segunda denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra um grupo criminoso que manipulava o resultado de jogos de futebol das Séries A e B do Campeonato Brasileiro.
Os 16 denunciados nesta segunda fase da operação Penalidade Máxima II são acusados de manipulação de oito jogos da Série A realizados em 2022, um jogo da Série B também realizado em 2022 e quatro jogos de campeonatos estaduais de 2023, incluindo Campeonatos Paulista e Gaúcho.
Para tanto, os jogadores envolvidos no esquema receberiam valores que, de acordo com o MP-GO, variavam entre R$ 50 mil a R$ 500 mil para provocarem eventos específicos em jogos previamente selecionados, como cometimento de pênaltis, cartões amarelos ou vermelhos em determinada etapa da partida, diferença de gols no primeiro tempo, entre outros.
Os acusados nessa fase da investigação são Bruno Lopez de Moura, Thiago Chambó Andrade, Romário Hugo dos Santos, que se encontram presos desde o dia 18 de abril, Ícaro Fernando Calixto de Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro, Victor Yamasaki Fernandes, Zildo Peixoto Neto, Thiago Chambó Andrade, Romário Hugo Dos Santos, William De Oliveira Souza, Eduardo Gabriel dos Santos Bauermann, Gabriel Ferreira Neris, Victor Ramos Ferreira, Igor Aquino Da Silva, Jonathan Doin (Paulo Miranda), Pedro Gama dos Santos Júnior, Fernando José da Cunha Neto e Matheus Phillipe Coutinho Gomes.
Em sua decisão, o juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 2ª Vara Estadual de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem de Capitais, autorizou o compartilhamento de todas as provas produzidas durante a investigação com órgãos de fiscalização, investigação ou disciplinar e o encaminhamento de cópia do processo ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
Sobre a participação de Bruno Lopez, o juiz destacou na decisão que, após a primeira fase de operação Penalidade Máxima, que teve início em novembro do ano passado, o MP -GO apontou indícios de corrupção em, pelo menos, outros nove jogos recentes, realizados entre novembro de 2022 a fevereiro de 2023.
As manipulações que tratam essa segunda denúncia ocorreram nos seguintes jogos:
PALMEIRAS x JUVENTUDE - Brasileirão
JUVENTUDE x FORTALEZA - Brasileirão
GOIÁS x JUVENTUDE - Brasileirão
CEARÁ x CUIABÁ - Brasileirão
RED BULL BRAGANTINO x AMÉRICA- MG - Brasileirão
SANTOS x AVAÍ - Brasileirão
PALMEIRAS x CUIABÁ - Brasileirão
BOTAFOGO x SANTOS - Brasileirão
SPORT RECIFE x OPERÁRIO DE PONTA GROSSA - Série B
GUARANI x PORTUGUESA - Paulistão
RED BULL BRAGANTINO x PORTUGUESA - Paulistão
ESPORTIVO BENTO GONÇALVES x NOVO HAMBURGO - Gauchão
CAXIAS x SÃO LUIZ - Gauchão
Jogador Natan do Grêmio e Maurício do Inter são citados em conversas de investigados por manipulação de jogos
O meia Maurício, do Internacional, foi citado em conversas entre investigados no esquema de manipulação de jogos para obtenção de ganhos em apostas esportivas. Os prints das conversas por meio de aplicativos constam no processo da Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, responsável pela investigação sobre manipulação de jogos nas séries A e B do Brasileirão. A informação é do jornal O Globo.
O meia Nathan, hoje no Grêmio, também teve o nome citado em conversas entre os investigados. De acordo com a citação, o atleta, que na época estava no Fluminense, teria aceito uma proposta para receber cartão amarelo durante uma partida.
Aos apostadores, Nathan teria garantido que seria titular, mas o plano acabou sabotado porque o então técnico do Tricolor carioca, Fernando Diniz, decidiu deixar o jogador no banco de reservas.
Os jogadores incluídos nesta lista não são necessariamente investigados, denunciados ou suspeitos, no âmbito do esquema. Estas são apenas citações dos apostadores, obtidas durante a investigação do Ministério Público.