O documento prevê a construção, manutenção e apoio à operação do estabelecimento prisional no município.
A obra do novo presídio de Erechim, na Região Norte do Estado, teve seu edital atualizado e publicado nesta terça-feira (25) pelo governo gaúcho. O documento prevê a construção, manutenção e apoio à operação do estabelecimento prisional no município. A unidade terá 10,4 hectares, dois módulos com 26 mil metros quadrados cada e um total de 1,2 mil vagas disponibilizadas para apenados. A previsão para realização da obra é de até 24 meses.
O projeto do governo do Estado é a primeira Parceria Público-Privada (PPP) na área de segurança. O escopo foi elaborado por meio da Secretaria de Parcerias e Concessões (Separ) e da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e tem um investimento estimado de R$ 149 milhões. O leilão deve ocorrer em julho deste ano, na B3, em São Paulo.
A iniciativa também é focada na ressocialização, prevendo a possibilidade de trabalho, educação e reinserção social para detentos, assim como o uso de tecnologia na gestão prisional. Uma das principais melhorias será a nova localização do presídio, distante da zona urbana, entre as rodovias ERS-135 e BR-153, que atende a diretrizes de segurança e satisfaz um anseio da população de Erechim.
“Quando desenhamos qualquer tipo de parceria público-privada, buscamos oferecer melhores serviços para as pessoas. No caso do novo presídio de Erechim acontece da mesma forma”, afirmou o titular da Separ, Pedro Capeluppi. “Queremos investir na ressocialização e diminuir o déficit no sistema prisional, pois essas medidas são boas para toda a sociedade.”
A expectativa de investimento na operação é de R$ 50,5 milhões ao ano. A atividade específica de segurança prisional seguirá a cargo de policiais penais, conforme salientou o titular da SSPS, Luiz Henrique Viana. “A expertise da Polícia Penal nesse novo modelo de unidade prisional vai oferecer condições adequadas para a reinserção social das pessoas privadas de liberdade, principalmente por meio do trabalho e da educação”, disse.
Modelo de parceria
O modelo de gestão será o de Parceria Público-Privada, no qual uma entidade selecionada por licitação – modelo concorrência internacional – é remunerada pela gestão de uma concessão pública, pelo período de 30 anos. No caso do complexo penal, a entidade será responsável pela construção e operação do presídio, que inclui manutenção das instalações, limpeza e apoio logístico na movimentação dos detentos.
O critério para seleção do responsável pela construção, manutenção e apoio à operação será o de menor contraprestação pública.