Arthur Lira durante a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados

FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO


Com articulação de Lira, grupo com mais de 170 deputados, governistas e da oposição, será o maior da Câmara dos Deputados


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), vai anunciar nesta quarta-feira (12) a formação de um "superbloco" com a participação de nove partidos: PDT, PSB, Patriota, União Brasil, PP, Avante, PSDB, Solidariedade e Cidadania. Ao todo, o grupo terá 175 parlamentares, o que o consolida como o maior bloco da Casa.

A movimentação é considerada uma resposta ao bloco formado por MDB, PSD, Republicanos e Podemos, em março, com 142 deputados, e uma tentativa de Lira de demonstrar força.

Os blocos parlamentares são importantes porque é a partir deles que é feita a distribuição de vagas nas comissões permanentes. Eles também influenciam na ordem de escolha dos cargos na Mesa Diretora e na presidência de comissões.

O primeiro líder do grupo deve ser o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), que também é líder do PSB na Câmara, partido que integra a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um parlamentar do PDT também é cogitado para liderar o bloco.

Justamente por causa da presença governista no bloco, o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliado histórico do PP, decidiu ficar fora do grupo. Interlocutores da liderança da legenda afirmaram que o partido prefere "ficar sozinho" por questão de "autonomia nos trabalhos". O PL tem 99 deputados e é a legenda com mais representatividade na Câmara.


  •  Hellen Leite, do R7, em Brasília