O ministro Flávio Dino na Comissão de Segurança Pública da Câmara
YOUTUBE/REPRODUÇÃO - 11.4.2023
Sessão precisou ser encerrada porque parlamentares trocaram ofensas e quase se agrediram fisicamente
Por causa de uma confusão entre deputados, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, saiu antes do fim da reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara nesta terça-feira (11). Parlamentares que participavam da sessão descumpriram o tempo de fala regimental, trocaram ofensas e quase se agrediram fisicamente.
Dino foi convidado a prestar esclarecimentos sobre três assuntos: as mudanças na política de controle de armas do governo federal; as ações adotadas em relação aos ataques extremistas ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília; e a visita que fez ao Complexo da Maré, no último dia 13, incluindo as manifestações de discriminação social e racial relacionadas ao episódio.
Nas comissões, o presidente da comissão conduz o debate entre os convidados da sessão e os participantes. Os parlamentares fazem perguntas ao convidado, que responde na sequência, dentro de um tempo estabelecido regimentalmente. Na sessão desta terça-feira (11), o presidente, deputado Sanderson (PL-RS), disponibilizou entre dois e três minutos para que os deputados formulassem suas perguntas, sem estipular tempo para que o ministro respondesse.
Em um dos episódios, o deputado delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) fez a pergunta e não permitiu que o ministro terminasse a resposta. Situações como essa (veja vídeo acima) aconteceram diversas vezes durante a sessão.
Houve dificuldade, inclusive, na condução da sessão por Sanderson. "Senhores deputados e deputadas, vamos mostrar minimamente a educação. Vou ser obrigado a usar o regimento e pedir aos deputados que se retirem, independente de ser direita ou esquerda, isso está muito claro no regimento", disse, aos gritos.
Ao deixar a sessão, Dino foi chamado pelos parlamentares de "fujão". "Infelizmente alguns parlamentares não querem debater o tema. É um assunto sério que deveria ser debatido, mas…", lamentou Dino.