Chanceler israelense comentava ataques antissemitas em Amsterdã Divulgação / Ministério das Relações Exteriores de Israel


Comentário do Ministro das Relações Exteriores de Israel foi dado à RECORD em coletiva sobre providências após ataques antissemitas na Holanda


Em coletiva sobre as agressões sofridas por torcedores israelenses, que foram atacados por manifestantes antissemitas em Amsterdam, na quinta-feira (7), o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, disse que cabe ao Brasil reconsiderar a posição de retirar o embaixador brasileiro de Israel.

A resposta foi dada à RECORD, que questionou se há, por parte das autoridades israelenses, uma tentativa de reconectar ao governo brasileiro.

“Existem países onde chamamos nossos embaixadores de volta. Então, podemos sempre reconsiderar. Sempre é bom reconsiderar e observar a realidade em mudança. No caso do Brasil e outros países na mesma situação, eles decidiram retirar seus embaixadores. Portanto, é o governo brasileiro que deve reconsiderar sua posição,” afirmou o israelense.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chamou de volta o embaixador brasileiro Frederico Meyer em fevereiro.

A medida foi tomada depois que o então ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, ter informado que Lula é considerado “persona non grata” no país até que haja uma retratação sobre a comparação feita pelo petista entre o conflito contra o grupo terrorista Hamas e o nazismo.

A declaração de Lula foi dada durante entrevista coletiva depois da participação do presidente na 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, em Adis Abeba, capital da Etiópia.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler decidiu matar os judeus”, afirmou o petista.

A reportagem acionou o Ministério das Relações Exteriores e aguarda um posicionamento da pasta.


Ataques antissemitas

Em entrevista à RECORD NEWS, na última sexta-feira (8), Paulo Velasco, professor de política internacional, afirma que o avanço do “sentimento antissemita”, especialmente em países europeus, mostra um retrocesso da liberdade e da democracia.

“O cenário global indica caminho sombrio e problemático. Infelizmente, são cenas que vemos e que, certamente, não vão ser as únicas, tendem a se repetir”, afirma.


Do R7, em Brasília