Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo
Segundo instituto, número é o 5º pior na série histórica, iniciada em 1998 e representa um aumento de 144% em comparação a 2023
Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que o país registrou 68.635 queimadas em agosto de 2024, o 5º pior mês da série histórica, iniciada em 1998. O índice foi o maior para o mês desde 2010, quando foram computados 91.085 focos de calor. No final de agosto, o Brasil contabiliza mais de 620 cidades em situação de emergência devido à falta de chuva e aos incêndios florestais. Isso representa 11% do total dos municípios do país.
A estiagem prolongada e possíveis ações ilegais, que estão sendo investigadas pela Polícia Federal, contribuíram para o aumento substancial das ocorrências. O índice deste ano representa um aumento de 144% em comparação a 2023, quando o país registrou 22.478 focos.
As autoridades estão reforçando o combate e a fiscalização nos principais biomas brasileiros, já que setembro costuma ser o mês com mais registros. No ano passado, foram 46.498 focos, mas o país já alcançou o índice de 141.220 focos no mês, em 2007.
Queimadas
Aproximadamente 4,5 milhões de pessoas estão diretamente afetadas. Os estados da região Norte apresentam os maiores índices de queimadas. Estima-se que a fumaça desses estados “viaje” para outras regiões do país.
As regiões que devem ser mais impactadas incluem Paraná, no Sul, e São Paulo, no Sudeste. Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina também podem sentir os efeitos da fumaça densa nas próximas semanas. Além disso, há preocupação com novas queimadas devido ao aumento esperado nas temperaturas em São Paulo.
Rafaela Soares, do R7, em Brasília