Magda Chambriard, nova presidente da Petrobras, concede entrevista coletiva na sede da empresa, no Centro do Rio de Janeiro
Magda Chambriard anunciou que sua gestão terá como foco principal acelerar a exploração de petróleo; Jean Paul Prates, seu antecessor, tinha planos de fazer a empresa liderar a transição energética
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, anunciou que sua gestão terá como foco principal acelerar a exploração de petróleo para repor as reservas da estatal, que começam a declinar a partir de 2030.
Ela ressaltou a importância das novas fronteiras, como Amapá e a Bacia de Pelotas, e destacou a necessidade de manter e intensificar os esforços exploratórios da empresa.
Além disso, Magda mencionou a possibilidade de novas descobertas no pré-sal e a internacionalização da exploração, porém enfatizou que a prioridade é gerar riqueza no litoral brasileiro.
Ela também ressaltou a importância de fortalecer a cadeia de fornecedores nacionais e manter a igualdade de oportunidades entre fornecedores nacionais e estrangeiros.
O foco no pré-sal gerou questionamentos sobre a tendência mundial de agenda verde e os impactos do petróleo sobre o clima, especialmente em um momento em que o Rio Grande do Sul vive uma tragédia climática após chuvas fortes e enchentes.
“Não é o pré-sal que tem culpa disso. O pré-sal traz grandes benefícios para a sociedade, traz receita incalculável para o Brasil.
De forma direta ou indireta, está contribuindo para a qualidade de vida”, declarou Chambriand.
A nova presidente da Petrobras se solidarizou ao Rio Grande do Sul, mas destacou que “a questão da transição energética é curiosa porque temos questões e questões, causas e causas, e muita coisa é colocada nessa mesa não estando diretamente ligada a ela”, Jean Paulo Prates, o antecessor de Magda, queria guiar a estatal rumo à liderança da transição energética.
Quanto à política de preços de combustíveis, a presidente da Petrobras indicou que não pretende alterar a atual política da estatal, que leva em consideração a realidade do mercado e busca manter a estabilidade dos preços.
Ela citou a redução do preço da gasolina durante a gestão de Lula como exemplo e afirmou que sua gestão seguirá essa linha.
A possibilidade de recompra da Refinaria de Mataripe, na Bahia, não foi descartada, desde que seja vantajosa para a estatal e agregue valor.
Magda também mencionou a possibilidade de uma biorrefinaria em parceria com a controladora de Mataripe, a Acelen, porém ressaltou que ainda não há definições concretas sobre o assunto.
Publicada por Felipe Cerqueira