Nicolás Maduro e Lula em encontro da Celac
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Nas redes sociais, ditador venezuelano classificou o encontro como 'proveitoso'; agro e empreendedorismo foram temas da reunião
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta sexta-feira (1º) com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, durante a Celac (Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), em São Vicente e Granadinas, no Caribe. De acordo com a imprensa venezuelana, os dois discutiram assuntos relacionados à cooperação técnica em agricultura e pecuária. Além disso, abordaram a expansão da colaboração, os investimentos e a organização de um encontro entre empresários.
Nas redes sociais, Maduro postou fotos com o presidente Lula e classificou o encontro como "proveitoso". "O propósito é seguir consolidando relações diplomáticas em diferentes setores para o desenvolvimento mútuo. Compromisso e cooperação", comentou.
A reunião acontece em meio ao aumento da repressão a críticos e opositores pelo regime chavista. O governo brasileiro expressou preocupação com essa escalada, mas tem evitado fazer críticas públicas.
Além disso, o encontro também ocorre em meio a um cenário de tensão entre a Venezuela e a Guiana devido à disputa pelo território de Essequibo. A disputa começou depois que a Venezuela reivindicou a anexação do território.
Na quarta-feira (28), o ministério das Relações Exteriores, Mauro Vieira, avaliou que a disputa entre os dois países "não é um problema simples", mas que o Brasil conseguiu que as duas nações sentassem à mesa e iniciassem o diálogo.
"Por enquanto, a gente não resolveu o problema, mas conseguimos que os países se sentassem e começassem um diálogo, que não é curto, não é simples, mas começou", afirmou a embaixadora Gisela Padovan, que atua como secretária de América Latina do Itamaraty.
Questionada sobre o papel brasileiro na mediação da crise, Padovan destacou a neutralidade do governo e a busca por uma solução negociada. "O Brasil não se manifesta a respeito do cerne da questão entre Guiana e Venezuela porque não nos compete. O que nos compete é facilitar o diálogo. A nossa posição se baseia em defender que o problema e a solução são uma questão bilateral, de respeito aos tratados internacionais, que é base da nossa Constituição", disse.