Depoimento será nesta quinta-feira (22), às 14h30
ARQUIVO/PEDRO KIRILOS/ESTADÃO CONTEÚDO - 09.02.2024
Depoimento será nesta quinta-feira (22), às 14h30; defesa do ex-presidente está preparando um pedido para adiar oitiva
A Polícia Federal intimou o ex-presidente Jair Bolsonaro a depor na investigação sobre a existência a suposta organização de um golpe de Estado em 2022 em prol do candidato derrotado e ex-presidente, com a participação de ex-assessores, militares e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O depoimento será nesta quinta-feira (22), às 14h30.
O R7 apurou que a defesa de Bolsonaro está preparando um pedido para adiar a oitiva.
Segundo a PF, inicialmente, 16 militares são investigados por pelo menos três formas de atuação.
A primeira é a produção, divulgação e amplificação de notícias falsas quanto à segurança das eleições de 2022 para estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas.
O segundo ponto de atuação dos militares investigados pela PF seria de apoio às ações golpistas, reuniões e planejamento para manter os atos em frente aos quartéis, incluindo mobilização, logística e financiamento para auxiliar os manifestantes.
Havia ainda o "Núcleo de Inteligência Paralela", que seria formado pelos militares Augusto Heleno, Marcelo Camara e Mauro Cid. Esse grupo faria a coleta de dados e informações que auxiliassem a tomada de decisões do então presidente da República na consumação do golpe.
Indícios contra Jair Bolsonaro
O ex-presidente Bolsonaro teria pressionado os ministros do governo, durante reunião realizada em 5 de julho de 2022, para que promovessem e replicassem "desinformações e notícias fraudulentas" quanto à confiança do sistema eleitoral brasileiro, revela o processo.