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Serviço Médico Legal só identificou até agora 32 corpos. O mais recente balanço das autoridades chilenas aponta para um universo de mais de 3.000 casas destruídas.



O número de pessoas mortas pelos incêndios florestais na região de Valparaíso, no Chile, aumentou para 122. Destes, somente 32 corpos foram identificados pelo Serviço Médico Legal.

“Realizamos 40 autópsias e estamos fazendo os trâmites para a entrega de 27 falecidos para seus familiares”, disse, na tarde desta segunda (5), a diretora do Serviço Médico Legal, Marisol Prado, precisando que a entrega dos corpos deve começar nesta tarde.

A diretora do Serviço Médico Legal chileno também informou que vão começar as coletas de amostras de DNA de familiares que denunciaram terem parentes desaparecidos, além dos exames biométricos que já estão sendo realizados.


Para facilitar o acesso dos serviços de resgate e bombeiros às áreas afetadas pelo fogo, o governo de Gabriel Boric estabeleceu toque de recolher nas regiões de Viña del Mar, Quilpué, Limache e Villa Alemana.

As autoridades pedem que a população da zona evite sair de casa e utilizar veículos para não gerar congestionamentos e impedir a passagem das equipes de emergência.

O governo chileno tem feito campanha para que, ao ser notificada sobre a necessidade de evacuação, a população deixe suas casas. “Sair das zonas de perigo salva sua vida e a dos seus (entes queridos). A vida das pessoas é o mais importante”, diz uma publicação governamental nas redes sociais.

O governo Boric decretou estado de exceção por catástrofe “para dispor de todos os recursos necessários que nos permitam combater essa emergência e ajudar as famílias” e reforçou a presença de militares nas zonas afetadas.


Ainda não há certezas sobre a origem dos incêndios. Uma pessoa foi presa em Maule, por ter acendido fogo acidentalmente enquanto fazia uma sondagem. As chamas teriam se espalhado por pastos próximos ao local e afetando mais de 220 hectares.

A procuradoria do país investiga a origem do fogo em outros focos de queimada e a possível participação humana para iniciar as chamas. Já a Procuradoria de Valparaíso informou que não há presos até o momento.


CNN Brasil
por CNN Brasil
06/02/2024 07:06