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O ato foi convocado pela maior central sindical do país e deve durar até a meia-noite de hoje (24)



A primeira greve geral em oposição às medidas econômicas do governo de Javier Milei, na Argentina, teve início na manhã desta quarta-feira (24) com uma marcha em direção ao prédio do Congresso, em Buenos Aires. Sob a consigna "o país não está à venda", a paralisação foi convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), a maior central sindical do país, a partir do meio-dia (mesmo horário em Brasília), e está programada para durar 12 horas. A Confederação de Trabalhadores Argentinos (CTA), segunda maior central sindical, também aderiu, juntamente com setores do peronismo.

O governo Milei implementou bloqueios para impedir com que os protestos se aproximem do Congresso Nacional. Héctor Daer, líder da CGT, criticou a restrição ao direito de reunião. O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, argumentou que a manifestação acarreta prejuízo financeiro para "muitíssimos argentinos".

Esses bloqueios fazem parte do "protocolo antipiquetes", contra obstruções de vias, adotado pela ministra da Segurança Patricia Bullrich em dezembro, que permite que os manifestantes permaneçam apenas nas calçadas. Em dezembro, tal protocolo não surtiu efeito, resultando em confrontos entre polícia e manifestantes em Buenos Aires, durante um protesto contra as medidas de Milei.

A ministra Patricia Bullrich expressou críticas às manifestações em uma rede social, afirmando que o país não está parando; são "as máfias que param".

Comércio

Apesar da paralisação, muitos estabelecimentos comerciais operam normalmente na capital argentina no dia de hoje. Os bancos, inicialmente previstos para não abrirem, atenderam até o meio-dia. Ônibus, trens e metrô estão programados para operar até as 19h, parando em seguida, até a meia-noite, para permitir que as pessoas participem das manifestações programadas.


Redação AU/com informações do G1
por Redação AU/com informações do G1
24/01/2024 15:58