Decisão foi tomada após renúncia do primeiro-ministro António Costa em meio a crise política relacionada a caso de tráfico de influências.


O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições legislativas antecipadas para o dia 10 de março. A medida foi motivada pela renúncia do primeiro-ministro António Costa, membro do Partido Socialista, ocorrida em novembro do ano passado.

A crise política desencadeou-se a partir de uma série de detenções vinculadas a um caso de tráfico de influências, envolvendo o chefe de gabinete de Costa e o ministro das Infraestruturas. A situação se agravou com o anúncio da Operação Influencer pelo Ministério Público, investigando irregularidades nos negócios de lítio e hidrogênio, levando a uma investigação sobre Costa no Supremo Tribunal de Justiça.

Diante desses acontecimentos, o primeiro-ministro renunciou e declarou que não se candidataria a outro mandato. O Partido Socialista, liderando as pesquisas, mas sem maioria absoluta, indicou Pedro Nuno Santos como novo secretário-geral em dezembro.

Essa será a nona vez, desde 1974, que Portugal passará por eleições antecipadas, marcando um capítulo importante na história democrática do país, estabelecida após a queda da ditadura liderada por António de Oliveira Salazar. As listas de deputados podem ser entregues até o dia 29 de janeiro, e a campanha eleitoral terá início em 25 de fevereiro.


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por Redação
16/01/2024 09:47