Daniel Noboa, presidente do Equador, decretou estado de exceção após um criminoso fugir
O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou nesta segunda-feira, 8, que decretou estado de exceção em todo o país, incluindo no sistema penitenciário, após a fuga do chefe da maior quadrilha criminosa de um presídio em Guayaquil (sudoeste).
“Acabo de assinar o decreto de estado de exceção para que as Forças Armadas tenham todo o apoio político e legal em seu agir” nas ruas e centros de reclusão, disse o mandatário em sua conta no Instagram.
Mais cedo, o Ministério Público informou através da rede social X, que apresentou acusações contra dois funcionários de presídio “que estariam envolvidos na fuga” do chefe criminoso Adolfo Macías, conhecido como Fito.
A medida decidida por 60 dias faculta a Noboa, que assumiu a presidência em novembro por um ano e meio ao ser eleito em uma votação antecipada, a mobilizar os militares às ruas e sua entrada nos presídios, em alusão a uma “grave comoção interna” na nação, assim como a suspender os direitos civis.
Ele também ordenou um toque de recolher de seis horas entre as 23h e as 05h locais (de 01h às 07h em Brasília).
Fito é considerado líder de Los Choneros, quadrilha mais temida do Equador, que disputa de forma violenta as rotas do narcotráfico com outros grupos criminosos com ligações com cartéis do México e da Colômbia.
O homem desapareceu no domingo de um presídio de Guayaquil, onde cumpria sentenças por 34 anos.
O secretário de Comunicações do governo, Roberto Izurieta, afirmou na segunda-feira ao canal Teleamazonas que “o mais provável” é que houve “vazamentos” na prisão sobre uma operação iminente de segurança e que Fito fugiu “horas antes”.
Noboa acrescentou que seu governo “empreendeu ações” que “permitam recuperar o controle” das prisões, transformadas em centros de operação de organizações do narcotráfico.
*Com informações da AFP