Juíza foi afastada pelo TRT-12

@KISMARABRUSTOLIN VIA FACEBOOK


Brustolin continuará longe das funções até o fim do procedimento interno que investiga comportamento durante audiência


juíza substituta Kismara Brustolin, do TRT-12 (Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região), de Santa Catarina, que gritou com uma testemunha que não a chamou de "excelência" durante depoimento na Vara de Trabalho de Xanxerê, pediu afastamento para tratamento de saúde por transtorno bipolar. O pedido foi concedido e é válido por 15 dias, segundo o tribunal.

Antes, o TRT-12 já havia informado que apura os fatos que envolvem a juíza e que ela ficaria afastada até o fim do procedimento interno. "A suspensão da realização de audiências deverá ser mantida até a conclusão do procedimento apuratório de irregularidade ou eventual verificação de incapacidade da magistrada, com o seu integral afastamento médico", informou o tribunal.

Brustolin será alvo de uma investigação interna e de outra, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), para apurar irregularidades na sua conduta.

A investigação sobre Brustolin foi aberta após ter viralizado nas redes sociais a gravação na qual a magistrada grita com um homem, que prestava depoimento como testemunha. Irritada, a juíza desconsidera o depoimento.

Entenda o Caso

Durante a audiência, Brustolin exigiu da testemunha tratamento reverencial. "Eu chamei sua atenção. O senhor tem que responder assim: 'O que a senhora deseja, excelência?' Responda, por favor."

O homem demonstra não ter entendido o que aconteceu. Em seguida, a magistrada adverte: "O senhor não é obrigado, mas se o senhor não disser isso o seu depoimento termina por aqui e será totalmente desconsiderado", avisa. Ela o chama de "bocudo"

Em seguida, Brustolin determina que a testemunha seja removida da audiência virtual. Ela afirma ao advogado: "Eu desconsiderei o depoimento desta testemunha porque faltou com a educação. Se o senhor quer registrar os protestos eu aceito e, depois, o senhor pode recorrer, fica no seu direito. Ele [testemunha] não cumpriu com a urbanidade e a educação."

O Estadão também pediu um posicionamento da magistrada via assessoria de imprensa do TRT, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.


  • por Agência Estado / R7