A húngara Katalin Karikó e o norte-americano Drew Weissman realizaram "descobertas inovadoras" que salvaram vidas durante a pandemia, conforme a Fundação Nobel.
O Prêmio Nobel de Medicina foi concedido nesta segunda-feira (2) à bioquímica húngara Katalin Karikó e ao médico norte-americano Drew Weissman por descobertas que levaram ao desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19.
“Através das suas descobertas inovadoras, que mudaram fundamentalmente a nossa compreensão de como o mRNA interage com o nosso sistema imunitário, os laureados contribuíram para a taxa, sem precedentes, de desenvolvimento de vacinas durante uma das maiores ameaças à saúde humana nos tempos modernos”, afirmou a Fundação Nobel.
Katalin foi vice-presidente sênior e chefe de substituição de proteínas de RNA da BioNTech até 2022 e, desde então, atua como consultora da empresa. A cientista também é professora da Universidade de Szeged, na Hungria, e professora adjunta da Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia, nos EUA.
A húngara descobriu uma maneira de evitar que o sistema imunológico desencadeie uma reação inflamatória contra o mRNA produzido em laboratório, anteriormente visto como um grande obstáculo contra qualquer uso terapêutico do mRNA.
Katalin e Weissman, que é professor de pesquisa de vacinas na Escola Perelman, descobriram que ajustes nos nucleosídeos, as letras moleculares que escrevem o código genético do mRNA, podem manter o mRNA sob o radar do sistema imunológico.