Pelo menos 2.476 pessoas ficaram feridas no terremoto que atingiu o Marrocos
FADEL SENNA / AFP - 11.09.2023
Países enviaram ajuda para atuar nas operações de resgate; tremor de terra deixou pelo menos 2.476 feridos
O número de mortos no terremoto que atingiu o sudoeste da cidade turística de Marrakech, no Marrocos, subiu para 2.497, anunciou nesta segunda-feira (11) o ministério do Interior.
O balanço anterior, divulgado no domingo, citava 2.122 mortos. Em um comunicado, o ministério do Interior anunciou que a tragédia deixou também 2.476 feridos.
O terremoto foi sentido com menos intensidade em cidades costeiras, como Rabat e Casablanca, e até mesmo em Fez, onde está concentrada a seleção olímpica do Brasil (e que fica a 530 km de Marrakech).
"As autoridades públicas continuam mobilizadas para acelerar as operações de resgate e evacuação dos feridos", afirmou o Ministério do Interior.
Equipes de resgate da Espanha, Reino Unido, Catar e Emirados Árabes Unidos foram enviadas ao país para ajuda a localizar corpos e pessoas que podem estar presas sob os escombros.
A Cruz Vermelha Internacional alertou no sábado que as necessidades do país são enormes e prevê "muitos meses e até anos de resposta".
O abalo afetou, ainda, províncias na região oeste da Argélia, país vizinho do Marrocos, mas as autoridades locais negaram haver danos ou vítimas.
Este é o terremoto mais mortal que atingiu este reino desde o tremor que destruiu Agadir, na costa oeste, em 29 de fevereiro de 1960. Quase 15 mil pessoas morreram, um terço da população da cidade.
O terremoto que atingiu o Marrocos, especialmente a cidade de Marrakech, deixou pelo menos 2.012 mortos, embora os números ainda possam mudar para cima
Neste domingo (10), após a primeira noite completa o desastre, as ruas da cidade amanheceram com moradores enrolados em cobertores, com medo de voltar para casa ou porque a residência desabou
O tremor também deixou ao menos 2.059 feridos, sendo que 1.404 estão nos hospitais em estado muito grave, informou o Ministério do Interior do país no sábado à noite. As cidades marroquinas atingidas pelo tremor amanheceram com pessoas nas ruas
As praças ficaram abarrotadas, como a tradicional Jeema El Fna, em Marrakech
As pessoas que estão nas ruas são habitantes da cidade e não podem voltar para casa porque as construções ruíram ou ameaçam cair
As barracas montadas nas ruas e sobre o chão batido são a alternativa das famílias que perderam tudo na catástrofe natural