Pelo menos 672 pessoas se feriram, sendo que 205 estão em estado grave em decorrência do tremor de 6,8 graus na escala Richter


Número de mortos no Marrocos aumentou para 820

Número de mortos no Marrocos aumentou para 820

ABDELHAK BALHAKI/REUTERS - 09.09.2023

Subiu para 820, na manhã deste sábado (9) o número de mortos no terremoto no Marrocos, que ocorreu na noite de sexta-feira (8), de acordo com balanço oficial do governo local. O tremor ocorreu no centro do país, segundo informe oficial do Ministério do Interior. Os feridos erm consequência do tremor já são 672, sendo que 205 deles estão em estado grave.

As províncias e municípios do país mais afetadas pelo tremor, ainda segundo a pasta, foram Al Haouz, Marrakech, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant. Nas redes sociais, a população afetada registrou momentos de pânico e destruição devido aos tremores.

Segundo o USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos), o abalo sísmico foi de magnitude 6,8 e ocorreu a uma profundidade de 18,5 km da superfície da Terra, com epicentro a 71 km a sudoeste de Marrakech. Já o Centro Nacional para a Pesquisa Científica e Técnica, do Marrocos, afirmou que a magnitude do tremor foi de 7, tendo ocorrido na província de Al Hauz.

De toda forma, veículos de imprensa marroquinos reiteram que esse foi o terremoto mais forte já registrado. Tão forte, na verdade, que chegou a ser sentido em cidades costeiras como Rabat e Casablanca e até mesmo em Fez, onde está concentrada a seleção olímpica do Brasil (e que fica a 530 km de Marrakech).

O abalo também afetou diversas províncias na região oeste da Argélia, país vizinho do Marrocos, mas as autoridades locais negaram haver danos ou vítimas.

Após a tragédia, o Ministério do Interior marroquino afirmou que as autoridades mobilizaram "todos os recursos necessários para intervir e ajudar as zonas afetadas" pelo terremoto.

Apoio Internacional

Na manhã deste sábado (9), governos de outros países do Mediterrâneo se manifestaram em apoio ao Marrocos. O presidente espanhol, Pedro Sánchez, deu condolências e expressou solidariedade ao país. "A Espanha está com as vítimas desta tragédia e suas famílias", escreveu numa rede social.

Já a ministra do Exterior da França, Catherine Colonna, manifestou, também em rede social, sua solidariedade com o povo marroquino. O presidente Emmanuel Macron, que participa da cúpula do G20, na Índia, por sua vez, afirmou que o país está "de prontidão para ajudar" os esforços de resgate marroquinos.

Outros líderes mundiais se manifestaram em apoio ao país após a tragédia. Entre eles, estão o presidente russo, Vladimir Putin, o presidente ucraniano, Volodmir Zelensky, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

A União Africana (organização criada para promover a integração dos países do continente) também se pronunciou, citando "grande dor" diante da tragédia.

Apesar da destruição e do pânico causados, este não é o primeiro terremoto que devasta Marrocos ou um país vizinho do norte da África. Em 2004, um tremor em Al Hoceima, no nordeste do reino, deixou mais de 600 mortos e 900 feridos.

Antes ainda, em 1980, outro abalo de magnitude 7,3 devastou a Argélia (país vizinho ao Marrocos), deixando 2.500 mortos e cerca de 300 mil desabrigados.



  •  Do R7, com AFP