Prefeitura de Marcelino Ramos/Divulgação



A ponte enfrenta restrições de trânsito para veículos de maior porte, o que prejudica o desenvolvimento das cidades, segundo as prefeituras




Em busca de uma solução para a Ponte Rodoferroviária, que liga os municípios de Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul, e Alto Bela Vista, em Santa Catarina, foi realizada, na quarta-feira (26), uma importante audiência virtual. A ponte, que possui grande valor histórico e é um dos principais atrativos turísticos da região, enfrenta restrições de trânsito para veículos de maior porte, algo que prejudica o desenvolvimento das cidades, segundo afirmam as prefeituras envolvidas.

Atualmente, a ponte permite apenas a circulação de veículos de passeio e do trem turístico, o que tem sido considerado insuficiente pelos prefeitos das localidades. Na década de 90, o Ministério dos Transportes permitiu a passagem de veículos, mas, ao longo dos anos, a ponte não recebeu a manutenção adequada por parte do Governo Federal, resultando na colocação de limitadores de altura nas cabeceiras para evitar a passagem de veículos maiores e preservar o assoalho de madeira.

A audiência contou com a presença dos prefeitos de Marcelino Ramos, Vannei Mafissoni, e de Alto Bela Vista, Elton Mattes, além do presidente da Reintegração do Norte Gáucho, Leonir Bortolini, representantes da RUMO e do DNIT, bem como os departamentos jurídicos dessas entidades. O senador Luiz Carlos Heinze também esteve presente.

Viabilidade

Os municípios propuseram assumir a responsabilidade pela manutenção da ponte por meio de um termo de concessão ou comodato, seguindo o exemplo da revitalização bem-sucedida da Estação Ferroviária de Marcelino Ramos, que se tornou um importante ponto turístico após inúmeras melhorias.

Para viabilizar essa proposta, é necessário que todas as partes envolvidas, principalmente o DNIT e a RUMO, cheguem a um acordo e concedam a autorização necessária. Durante a audiência, o prefeito Vannei Mafissoni destacou que os municípios já possuem levantamentos realizados por empresas especializadas, apresentando algumas soluções possíveis, como a implantação de gradil metálico.

Segurança

Engenheiros da RUMO e DNIT mencionaram algumas dificuldades técnicas e de segurança relacionadas à mudança do tablado, mas o Senador Luiz Carlos Heinze interveio no diálogo, enfatizando que existem outras pontes, inclusive no Rio Grande do Sul, que receberam o assoalhamento em concreto e poderiam servir de modelo para a solução em Marcelino Ramos. Ele citou especificamente a ponte no rio Ibicuí, que liga Itaqui a Uruguaiana.

Atualmente, a Ponte Rodoferroviária está sob a responsabilidade do DNIT, de acordo com a decisão da Justiça Federal. As entidades participantes da audiência se comprometeram a estudar mais profundamente o caso, analisando a possibilidade de transferir para os municípios a responsabilidade pela ponte, seja por meio de comodato ou cessão de uso.

Articulação

O prefeito Vannei Mafissoni, que recentemente esteve em Brasília tratando do assunto, ressaltou o importante apoio da Reintegração do Norte Gaúcho, que representa mais de 50 municípios. Em agosto, está agendada uma audiência no Tribunal Regional Federal/4 em Porto Alegre, em que os interessados buscarão uma solução, com o objetivo de chegar a um acordo com o DNIT e a RUMO. O prefeito destacou que o pensamento é assumir a responsabilidade com o aval das câmaras de vereadores, buscando alternativas e recursos para viabilizar o tráfego adequado na ponte.


Assessoria Prefeitura de Marcelino Ramos
por Assessoria Prefeitura de Marcelino Ramos
27/07/2023 11:22