A possibilidade de formação de ciclone bomba, no decorrer desta sexta-feira,31, coloca a região Sul do país em alerta


Um ciclone extratropical que se formou no Rio Grande do Sul, com condições para se tornar um ciclone bomba, avança para Santa Catarina com uma frente fria, nesta sexta-feira (31). A Defesa Civil Estadual emitiu alerta para as chances de estragos em todas as regiões catarinenses.

O sistema começa espalhando chuvas fortes com alto potencial de tempestades severas na Campanha Gaúcha no início desta sexta. Entre o final da manhã e a tarde, o mau tempo se estende por Santa Catarina.

Segundo o alerta da Defesa Civil de SC, o ciclone extratropical deve causar temporais em todas as regiões do Estado, a começar pelas áreas de divisa com o Rio Grande do Sul, no Extremo-Oeste, e se estende para as demais regiões até a noite.

“Essa frente fria que chega no início da tarde deve vir acompanhada por bastante vento, há indicativos de rajadas intensas, além de granizo e raios”, diz a meteorologistas da Defesa Civil, Francine Sacco.

O risco é moderado nas áreas em amarelo e alto nas áreas em laranja do mapa para ocorrências associadas a destelhamentos, quedas de árvores e alagamentos.

Agitação no mar

O vento vira para a direção Sul no final da noite da sexta com rajadas que devem superar os 65 km/h nas áreas próximas da costa catarinense, deixando o mar agitado em todo litoral e com risco para ressaca, conforme o alerta do órgão estadual.

Avanço do sistema

No sábado (1º), o sistema frontal, constituído pelo ciclone e a frente fria, avança para a costa do Sudeste, e até domingo (2) atinge São Paulo e Rio De Janeiro, levando chuva forte, especialmente de tarde e mais do que isso, ventania e grande aumento do nível do mar. As temperaturas também vão cair.

Além disso, é destacado por meteorologistas que, as temperaturas vão declinar no centro-sul do país no domingo, devido à entrada da massa de ar frio que vem na retaguarda do sistema frontal.

O que é um ciclone?

Ciclones extratropicais são fenômenos que ocorrem nas zonas temperadas do planeta, que no hemisfério sul ficam entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico. No Brasil, isso engloba a região Sul do país.

Eles se formam quando há diferenças na temperatura do ar, direção e velocidade dos ventos numa pequena região ou camada atmosférica. Com isso forma-se uma área de baixa pressão atmosférica, ou seja, o “peso” da coluna de ar sobre a superfície diminui.


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por NDMais
31/03/2023 10:50