Liberação das exportações vale para animais abatidos a partir do dia 24 de março

REUTERS / PAULO WHITAKER - 30/03/2022


Embargo foi determinado há um mês, após a descoberta de um caso atípico da doença da vaca louca


A China concordou em retomar as importações de carne bovina brasileira com menos de 30 meses, de acordo com um comunicado divulgado pela Administração Geral de Alfândega do país e confirmado pelo governo brasileiro.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, a liberação das exportações vale para as carnes de animais abatidos a partir desta sexta-feira (24 de março). As vendas de carne bovina brasileira para a China foram suspensas voluntariamente pelas autoridades brasileiras em 23 de fevereiro, após a descoberta de um caso atípico da doença da vaca louca.

“Tenho certeza que isso é um passo para que o Brasil avance cada vez mais com o credenciamento de plantas e oportunidades para a pecuária brasileira”, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, após reunião como o ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa, Yu Jianhua.

A retomada do comércio ocorre um dia depois de o ministro da agricultura brasileiro, Carlos Fávaro, ter chegado a Pequim, antes da visita do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva no próximo domingo (26).

Lula visitará a China acompanhado de uma delegação de 240 representantes empresariais, sendo 90 do setor agrícola. Na visita, o Brasil também pretende renegociar os protocolos sanitários.

Os produtores de carne bovina no Brasil perdem até US$ 25 milhões por dia com o embargo. Cerca de 62% das exportações brasileiras de carne bovina tiveram como destino a China no ano passado.



  • Do R7, com Reuters