Nos últimos 12 meses, IPCA acumula alta de 5,77%
Impactado pelo grupo Alimentação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi de 0,53%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador ficou 0,09 ponto percentual abaixo da taxa de dezembro, período em que o IPCA ficou em 0,62%. Nos últimos 12 meses, a inflação acumula alta de 5,77%, abaixo dos 5,79% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2022, a variação havia sido de 0,54%.
Conforme o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços que compõe a pesquisa, apenas Vestuário (-0,27%) teve variação negativa em janeiro. O maior impacto no índice do mês veio de Alimentação e bebidas (0,59%), que contribuiu com 0,13 p.p. Na sequência, veio o grupo Transportes, com impacto de 0,11 p.p. e alta de 0,55%.
Já a maior variação veio de Comunicação (2,09%), que acelerou em relação ao resultado de dezembro (0,50%). O resultado de Saúde e cuidados pessoais ficou em 0,16%, abaixo do registrado no mês anterior (1,60%). As demais áreas ficaram entre o 0,33% de Habitação e o 0,76% de Despesas pessoais.
Segundo a pesquisa do IBGE, 14 das 16 áreas tiveram alta da inflação em janeiro. Porto Alegre teve a quarta menor variação para o mês: 0,23%. A mais baixa foi contabilizada em Curitiba (-0,05%), por conta da queda de 3,92% nos preços da gasolina. Já o maior resultado foi em Salvador (1,09%), onde pesaram as altas na energia elétrica (8,07%) e na gasolina (6,34%).
Aumentos na batata-inglesa, tomate e arroz
No grupo Alimentação e bebidas (0,59%), a variação da alimentação no domicílio (0,60%) ficou abaixo da registrada em dezembro (0,71%). Se, por um lado, houve aumento nos preços da batata-inglesa (14,14%), do tomate (3,89%), das frutas (3,69%) e do arroz (3,13%), por outro houve queda em componentes importantes, como a cebola (-22,68%), o frango em pedaços (-1,63%) e as carnes (-0,47%).
Em Transportes, cabe mencionar a alta de 0,91% dos ônibus urbanos, consequência dos reajustes de 6,17% no Rio de Janeiro (4,20%), válido desde 7 de janeiro, e de 7,04% em Vitória (4,61%), vigente desde 8 de janeiro. Também houve reajustes de táxi (3,03%) no Rio de Janeiro (7,74%), onde as tarifas subiram 8,88%, a partir de 1º de janeiro, e em Salvador (15,67%), com aumento de 16,74%, em vigor desde 30 de dezembro. Vale destacar ainda os reajustes em praças de pedágio (4,29%) de São Paulo (5,08%), Vitória (4,12%) e Curitiba (2,14%).