Buscas por mortos e feridos sob os escombros seguem depois de mais de 24 horas do terremoto
PIROSCHKA VAN DE WOUW/REUTERS - 07/02/2023
Presidente turco declarou emergência em 10 províncias por três meses; equipes trabalham para localizar mortos e feridos
O terremoto que atingiu a Turquia e a Síria na segunda-feira (6) matou mais de 7.800 pessoas e deixou um rastro de destruição nos dois países.
O número de mortos na Turquia subiu para 5.894, disse o ministro da Saúde, Fahrettin Koca, acrescentando que mais de 31.000 pessoas ficaram feridas.
Na Síria, o saldo de óbitos foi de pelo menos 1.900, de acordo com o governo e um serviço de resgate na região noroeste, controlada por insurgentes.
Um dia após os terremotos, as equipes de resgate que trabalhavam em condições difíceis sob um frio intenso do inverno lutavam para retirar as pessoas sob os escombros dos prédios desabados.
O inverno dificulta os esforços de resgate e socorro, e tornou a situação dos desabrigados ainda mais tortuosa. Algumas áreas ficaram sem combustível e eletricidade.
À medida que a escala do desastre se tornava cada vez mais aparente, o número de mortos aumentava consideravelmente. Um funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU) disse temer que milhares de crianças possam ter morrido.
"Agora é uma corrida contra o tempo", disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Genebra. "A cada minuto, a cada hora que passa, as chances de encontrar sobreviventes vivos diminuem."
A situação fez o presidente turco, Tayyip Erdogan, declarar nesta terça-feira (7) estado de emergência em 10 províncias do sul do país por três meses. Isso permitirá que o governo contorne o parlamento na promulgação de novas leis e limite ou suspenda direitos e liberdades.
O governo abrirá hotéis no centro turístico de Antália para abrigar temporariamente as pessoas afetadas pelos terremotos, disse Erdogan, que enfrentará uma eleição nacional dentro de três meses.
Moradores de várias cidades turcas destruídas expressaram raiva e desespero com o que disseram ser uma resposta lenta e inadequada das autoridades ao terremoto mais mortal a atingir a Turquia desde 1999.
"Não há nem uma única pessoa aqui. Estamos sob a neve, sem casa, sem nada", disse Murat Alinak, cuja casa em Malatya desabou, e cujos parentes estão desaparecidos. "O que devo fazer, onde posso ir?"
O terremoto de magnitude 7,8, seguido horas depois por um segundo quase tão poderoso, derrubou milhares de edifícios, incluindo hospitais, escolas e prédios de apartamentos.
Dezenas de milhares de pessoas ficaram feridas ou desabrigadas em cidades da Turquia e do norte da Síria.
Funcionários de serviços humanitários expressaram preocupação especial com a situação na Síria, já atingida por uma crise humanitária após quase 12 anos de guerra civil.
As autoridades turcas dizem que cerca de 13,5 milhões de pessoas foram afetadas em uma área de aproximadamente 450 kmde Adana, no oeste, a Diyarbakir, no leste, e 300 km de Malatya, no norte, até Hatay, no sul.
As autoridades sírias relataram mortes no extremo sul de Hama, a cerca de 250 km do epicentro do tremor.
Em toda a região, as equipes de resgate trabalharam dia e noite enquanto as pessoas esperavam angustiadas por montes de escombros agarradas à esperança de que amigos, parentes e vizinhos pudessem ser encontrados vivos.
Em Antakya, capital da província de Hatay, na fronteira com a Síria, as equipes de resgate eram escassas e os próprios moradores vasculhavam os escombros. As pessoas imploravam por capacetes, martelos, barras de ferro e cordas.
Mais de 12.000 equipes turcas de busca e resgate estão trabalhando nas áreas afetadas, juntamente com 9.000 soldados. Cerca de 70 países e enviando pessoal, equipamento e ajuda.
Em toda a região, as equipes de resgate trabalharam dia e noite enquanto as pessoas esperavam angustiadas por montes de escombros agarradas à esperança de que amigos, parentes e vizinhos pudessem ser encontrados vivos.
Em Antakya, capital da província de Hatay, na fronteira com a Síria, as equipes de resgate eram escassas e os próprios moradores vasculhavam os escombros. As pessoas imploravam por capacetes, martelos, barras de ferro e cordas.
Mais de 12.000 equipes turcas de busca e resgate estão trabalhando nas áreas afetadas, juntamente com 9.000 soldados. Cerca de 70 países e enviando pessoal, equipamento e ajuda.