Balão foi abatido por míssil disparado por um caça F-22
REPRODUÇÃO/CHASE DOAK
Pentágono alega que equipamento era usado para espionagem de locais estratégicos; Pequim alega que era de uso civil, para fins meteorológicos
Pequim protestou contra a derrubada de um suposto balão espião chinês sobrevoando os Estados Unidos no domingo, acusando Washington de "reagir claramente desproporcionalmente" e em "grave violação da prática internacional".
"A China expressa seu forte descontentamento e protesto contra o uso da força pelos Estados Unidos para atacar uma aeronave civil não tripulada", disse o Ministério das Relações Exteriores da China em comunicado, acrescentando que se reservará "ao direito de fornecer mais respostas, se necessário."
O equipamento estava sobrevoando os Estados Unidos havia vários dias, aumentando as tensões entre Washington e Pequim, antes de ser derrubado por um míssil disparado de um jato F-22 no sábado (4), disseram autoridades do Pentágono.
O secretário de Defesa, Lloyd Austin, chamou a operação de "uma ação deliberada e legal" em resposta à "violação inaceitável de nossa soberania" por parte da China.
Autoridades dos EUA disseram pela primeira vez na quinta-feira (2) que estavam rastreando um enorme "balão de vigilância" chinês no céu sobre os Estados Unidos.
O relatório levou o secretário de Estado, Antony Blinken, a cancelar uma rara viagem a Pequim destinada a conter as crescentes tensões entre os dois países.
Pequim reconheceu na sexta-feira a propriedade da "aeronave", mas disse que era um balão meteorológico que havia saído do curso.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse no domingo que "pediu claramente aos Estados Unidos para lidar adequadamente com a situação de maneira calma, profissional e moderada".
Pequim indicou que os Estados Unidos "insistiram no uso da força" e qualificaram a manobra de "claramente desproporcional". Além disso, acusou Washington de cometer uma "grave violação das práticas internacionais".
"A China protegerá resolutamente os direitos e interesses legítimos das empresas afetadas e se reserva ao direito de fornecer mais respostas, se necessário", acrescentou o ministro em comunicado.